A invenção de Hugo Cabret

Literatura, história e cinema dialogam em uma imprevisível sucessão de fatos que envolvem um enigma, um precioso caderno, uma chave roubada e um homem mecânico. Narrada por meio de textos curtos e por imagens dispostas em diferentes ângulos, “A Invenção de Hugo Cabret”, do autor Brian Selznick, foi a proposta de leitura do professor Alex, de língua portuguesa, aos alunos do 7º ano, no primeiro trimestre.

Transformado em filme e dirigido por Martin Scorsese, foi vencedor em cinco categorias no Oscar 2012. Para ampliar a compreensão da história e da linguagem cinematográfica de diferentes perspectivas que propõe o livro, recomendamos que os alunos assistissem o filme.

Abaixo, transcrevemos um depoimento do professor Alex, que está encantado com o trabalho realizado com os alunos, sobre a importância da obra e sua contribuição para a literatura:

“Nós, professores de Língua Portuguesa, frequentemente nos deparamos com discussões sobre a chamada ‘crise da literatura’. Essa questão ocorre, em grande parte, por conta da ‘competição’ entre a arte literária e as diversas mídias presentes em nosso cotidiano, entre elas, o cinema.

Eis que surge um livro – ‘A invenção de Hugo Cabret’- que não só dialoga com essas duas expressões artísticas, como também valoriza ambas, por meio de uma narrativa moderna e extremamente bem desenvolvida. Sua estrutura permite ao aluno apreciar as narrativas verbal e visual, estabelecendo uma conexão natural entre ambas, possibilitando uma reflexão profunda sobre as diversas possibilidades de se narrar uma história.

Percebendo esse potencial, o renomado diretor Martin Scorsese transpôs a história de Hugo para as telas, homenageando o cinema, a literatura e também a história, posto que o filme – assim como faz o livro – resgata a história do cineasta George Méliès, considerado um dos inventores do cinema. Sobre Méliès certa vez disse Charles Chaplin: ‘Ele é o alquimista da luz!’

Aproveitar o momento em que essa obra tão rica está em cartaz nas salas de cinema é uma oportunidade única, onde os alunos poderão fechar o ciclo iniciado com a leitura do livro, associando e comparando o texto e as figuras do livro com a linguagem cinematográfica, construindo assim um conhecimento fundamentado nessas duas experiências artístico-estéticas”.

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