A natureza é uma grande mãe. Ela nutre, ensina e fornece tudo aquilo que precisamos. Porém, a relação entre o homem e o meio ambiente é, por muitas vezes, complicada. Mesmo com os recursos se tornando cada vez mais escassos, os desmatamentos, a poluição, e o descaso com a natureza ainda são predominantes na nossa sociedade. Nesse contexto, formar cidadãos conscientes, responsáveis e engajados na preservação do meio ambiente tem se tornado ainda mais importante para a nossa sociedade, e o papel da escola é indispensável nessa transformação.
O que é mentalidade sustentável?
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), desenvolvimento sustentável pode ser definido como “aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Ou seja, mentalidade sustentável é aquela que conscientiza e orienta a sociedade para que os aspectos sociais e ambientais sejam tratados de maneira mais responsável, cuidadosa e sensível. “É uma disposição à compreendermos a necessidade do respeito e cuidado à terra, ao meio ambiente e às pessoas”, explica Cyndel Augusto, auxiliar de classe do 3° ano A. “É um tema que nos faz refletir pela ótica do coletivo, que nos faz pensar no social, indo contra à lógica de consumo e mantendo a aproximação com o que vem da natureza”.
E por que abordar esse tema na escola?
Para que as gerações futuras possam fazer bom uso dos recursos naturais, a atual geração também precisa cumprir o seu papel. O ambiente escolar é um dos principais definidores de visão de mundo, caráter e hábitos na vida de uma criança ou adolescente e, por isso, a educação também é responsável por introduzir novas práticas e reflexões que transformaram esses jovens em adultos responsáveis, que valorizam a natureza e os seus arredores. Segundo Cyndel, as ações criadas pela escola impactam diretamente nas concepções de mundo das crianças, bem como em seus discursos e atividades cotidianas. “Quando promovemos espaços de discussão, estamos potencializando reflexões críticas e uma ressignificação das atitudes, além de possibilitar que elas sejam multiplicadoras dessas práticas sustentáveis”. A ótica sustentável nos permite refletir sobre questões que, apesar de parecerem óbvias, muitas vezes acabam ofuscadas, como, por exemplo, a origem da nossa comida, como são relações de trabalho e produção envolvidas no processo e como nos relacionamos com nosso corpo, com a terra, e com as pessoas ao nosso redor. “Quando nos permitimos pensar através de uma mentalidade sustentável, nos recolhemos para prestar atenção em nós mesmos, no outro e no mundo”, relata Cyndel.
Como isso se aplica na Santi?
Aqui na Santi, as discussões sobre sustentabilidade acontecem em várias frentes diferentes. A nossa escola possui um grupo interno dedicado apenas a pensar em ações e práticas sustentáveis, aplicadas frequentemente por nossos alunos e professores.
- Criação do dia sem descartáveis no lanche e incentivo para a utilização na excessiva de materiais de papelaria nas aulas e eventos escolares
- Criação de estratégias de conscientização a respeito do uso de água e luz no ambiente escolar, sempre evitando desperdícios
- Criação do evento de troca de materiais escolares, uniformes, brinquedos, e outros objetos para que possam ser reaproveitados
“Quando promovemos um ensino onde as questões sociais que envolvem a sustentabilidade estão presentes, criamos espaço para que as crianças se tornem mais sensíveis e reflexivas sobre o mundo que as cerca e como podemos atuar para cuidá-lo”, finaliza Cyndel.