Quando tem a Santi dentro de um livro

Tornar-se um leitor envolve muitos momentos de prazer e convívio. Convidamos duas ex-alunas nossas, Maíra Machado – atriz e estudante de audiovisual, da turma de 2012 – e Luisa Yen – estudante de medicina, da turma de 2014 – para contarem como as atividades de leitura na Santi influenciaram suas vidas.

S.: Que experiências marcaram você nas atividades de leitura na Santi?

L.: Os momentos em que sentávamos em roda para falar sobre os livros que havíamos lido, com a bibliotecária Iolanda. E também as leituras em voz alta, em que cada aluno lia uma parte ou interpretava um personagem. Eu adorava entender as diferentes interpretações dos livros, eles se tornavam muito mais interessantes.

M.: Me lembro das caixas de trocas de livros, lá no comecinho, e das dramatizações depois da leitura coletiva de alguns deles. A leitura compartilhada do livro O Menino do Pijama Listrado nos fez perceber que há histórias super legais dentro dos livros. Capitães da Areia nos abriu para a realidade do Brasil. E, até hoje, um dos meus favoritos é Os Meninos da Rua Paulo, que quando lemos marcou muito porque era sobre pessoas da nossa idade. Já até lembramos dele nos encontros com os antigos colegas.

S.: Qual a contribuição que essa relação com os livros na Santi trouxe para sua vida profissional e pessoal?

L.: O grande incentivo que tive à leitura na Santi, começando cedo e de uma forma prazerosa, foi poder conhecer mais obras, desenvolver dicção e desinibição na leitura e gostar cada vez mais de livros. Isso me ajudou a ler, com prazer, obras necessárias na vida acadêmica e a ter um repertório maior de textos, o que certamente contribui para meu desenvolvimento pessoal.

M.: Quando saí da Santi para o Bandeirantes, me deparei com uma relação diferente com a leitura, muito voltada para o vestibular. Percebi que quem não tinha essa prática de leitura tinha mais dificuldade. A gente estigmatiza leitura como algo chato e não percebe a singularidade de cada livro. Muitos livros da lista do vestibular eu já tinha lido na Santi e isso me ajudou muito.

S.:  Por que você acha importante ler?

L.: Além de ser essencial para a vida acadêmica e profissional, ler desenvolve o raciocínio e a capacidade cognitiva, pois é um treino de interpretação e uma fonte de vocabulário e cultura. A literatura não só nos permite ser quem nunca seríamos e viver aventuras que nunca viveríamos, como também entender melhor o mundo. Ler estimula a criatividade e a empatia, nos ajudando a compreender os outros e a nós mesmos.

M.: A leitura abre a imaginação. Não falo da fantasia, mas sim da capacidade de não ver as coisas como imutáveis. Valorizo muito isso. Leitura é fonte de informação e de conhecimento primordial. Gera empatia, ajuda a conhecer o lado do outro. Ler insere a gente em uma sociedade de comunicação e de convívio diferente com a natureza, com as outras pessoas, com a cidade em que vivemos.

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