Quando pensamos em sucesso, muitas vezes o associamos à carreira e ao dinheiro, mesmo sabendo que a felicidade vai muito além da riqueza. Ainda assim, não podemos negar que o bem-estar financeiro também é um componente essencial para uma vida mais confortável e sustentável. Por isso, cada vez mais a educação financeira se tornou um dos grandes temas que devem ser discutidos nas escolas, destacado até mesmo pela Base Nacional Comum Curricular.
O projeto:
Aqui na Santi, na passagem do 1° para o 2° ano, as crianças desenvolvem o Projeto Cofrinho, um estudo que permite a aproximação do conteúdo do sistema monetário por meio de diversas propostas, que ensinam, além do reconhecimento da moeda, estratégias de cálculo, de antecipação e de estimativas. “As cédulas e moedas fazem parte do cotidiano das crianças que, em geral, nessa faixa etária, começam a se interessar mais pelo seu uso”, explica Alessandra Paulo, professora do 1° ano. O estudo tem início nessa faixa etária, porém, é progressivamente expandido ao longo dos anos e de diversas formas nas próximas séries.
Como funciona?
Ao início do projeto, compartilhamos com as crianças a ideia de fazer um cofrinho para comemorar a passagem de série, e cada grupo escolhe uma maneira para celebrar, como sair para tomar sorvete, comer pastel na feira, ir ao cinema e até doar a quantia. Desta forma, alunos e professores estimam os valores necessários e compartilham com as famílias, que contribuem para o projeto enviando uma quantia determinada de moedas, para que as crianças possam fazer a contagem. Após reunir o dinheiro, cada grupo contabiliza semanalmente o valor, calculando a estimativa de quanto precisa para alcançar a meta. Além disso, os professores trazem encartes de jornal e cédulas de dinheiro para a sala de aula, para brincar e exemplificar aos alunos as diferentes situações em que elas interagem com o sistema monetário.
Quais os benefícios?
Compreender o valor do dinheiro e aplicar esse conhecimento no cotidiano, como compras de brinquedos, visitas à cantina e o próprio cofrinho, ajuda crianças e adolescentes a desenvolverem habilidades importantes para a sua formação. “Com esse estudo de aproximação, a devolutiva das famílias é de que as crianças começam a se interessar por essa outra forma de olhar os números em um outro contexto, comparando o que é caro e o que é barato”, relata Alessandra Paulo. Além do raciocínio lógico e de técnicas matemáticas que podem ser replicadas dentro e fora da sala de aula, os alunos também passam a construir maior maturidade para controlar seus gastos e consumir de maneira responsável e controlada, contribuindo para que tenham uma vida mais equilibrada, organizada e saudável financeiramente.