Encontros nos transformam

Entrar em contato com pessoas diferentes é sempre enriquecedor. Quando saímos da nossa bolha de convivência e abrimos espaço para conhecer novos lugares, culturas e costumes, somos apresentados também a novos modos de viver. Portanto, entrar em contato com pessoas diferentes é uma experiência extremamente potente, especialmente para as crianças.  

Mostrar aos pequenos que nossa forma de viver e conviver deve ser livre, sem nenhum tipo de preconceito ou estranheza, faz com que nossa sociedade crie adultos muito mais conscientes e amigáveis, tanto para o presente quanto para o futuro.

No dia 28 de maio, os alunos do 6º e 7° anos realizaram um encontro virtual com o Anthony, morador e líder de grupos de jovens da comunidade Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. A visita contribuiu para estudos que vêm acontecendo nas duas séries e, além de desenvolver comunicação, empatia e conhecimento de novas culturas, nossos pequenos puderam criar consciência e refletir sobre temas muito importantes.

“Quando você for falar de algum povo indígena, ou você fala etnia, ou o nome do meu povo. A palavra tribo é uma forma pejorativa, onde não tem organização, é uma forma mais primitiva.”, nos contou Anthony. “Em Iorubá, o mundo inteiro é meu território. Para nós, o mundo inteiro não tem fronteiras, não tem dono. Nós pertencemos à terra, e não o contrário.”

O 6º ano estuda os vestígios do passado e sua contribuição para entender a história, enquanto o 7º ano estuda especificamente as comunidades indígenas, as diferenças culturais e as contribuições delas para formação de nossa sociedade como a conhecemos. “É importante lembrar que os indígenas tinham que lutar contra a escravidão dos portugueses, por isso que gerava a guerra. Os povos sofreram muito”, acrescentou o professor José Calixto, durante o papo. Foi uma troca de extrema importância, pois despertou ainda mais a curiosidade e o respeito dos alunos sobre as culturas indígenas, que são fundadoras do nosso país.

Aqui na Santi, procuramos garantir que nossas crianças estejam em contato com todo tipo de aprendizado, cultura, crença etc., para que possam formar seus próprios gostos e caráter. Garantir que eles se formem cidadãos atentos à sua volta, amáveis, bondosos e respeitosos é essencial para que possamos vislumbrar um futuro mais justo, equalitário e saudável. Pensando nisso, realizamos várias visitas e rodas de conversa com pessoas de diferentes culturas e costumes.

“Eles respeitam a cultura um do outro, os indígenas se respeitam muito. Não tem conflitos e guerras, vocês trabalham muito para que isso aconteça. Eu estava pensando e reparando que muitos filmes e desenhos contam muito sobre os índios guerreando… Trazem os povos indígenas como pessoas agressivas, que querem guerrear… E não é assim”, comentou o aluno André Albuquerque, do 6º ano da Santi, durante a conversa com o Anthony. “Eu acho que, hoje em dia, uma coisa que todo mundo que sofre preconceito diz é a questão de generalizar. Os homossexuais são generalizados, as mulheres são generalizadas, os indígenas são generalizados… E isso tem que acabar”, complementa.

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