Educação antirracista – Uma necessidade fora do tempo

Vivemos em tempos em que nossa sociedade passa por rápida e constante evolução. No entanto, mesmo diante de tantos avanços tecnológicos ou sociais, é comum nos depararmos com atitudes que não são aceitáveis como, por exemplo, o racismo. 

Diante dessa atitude que, além de retrógrada, é desrespeitosa, maldosa e até mesmo criminosa, é necessário se posicionar. Mas só não ser racista não basta; é necessário ser antirracista. Não só discordar, mas lutar contra toda agressão física ou verbal que um indivíduo possa sofrer, contra o apagamento e contra a opressão. Esse costume deve ser ensinado às crianças desde pequenas, em casa e na escola.

Como surge o preconceito?

Nenhuma criança nasce preconceituosa. Um estudo realizado pelos pesquisadores das Universidades de Nova York (NYU) e Amsterdam mostra que crianças entre 5 e 6 anos se inspiram nos adultos para formar, tanto a personalidade e traços psicológicos, quanto a maneira de agir, de acordo com o ambiente em que estão inseridas, e não pela cor da pele. Essa pesquisa contradiz a ideia de que as pessoas já nascem ou criam com algum tipo de preconceito cedo, na infância, achando que o mundo é dividido por raças e cores e melhores e piores.

Como combater o racismo dentro e fora de casa?

Sabendo disso, é de suma importância que os familiares e adultos próximos às crianças dêem sempre o melhor exemplo possível. Criar seres humanos melhores para o futuro é função não só da família das crianças, mas também da escola. Trazer debates, aulas e eventos sobre esse tema auxilia na formação de pessoas empáticas, respeitosas e antirracistas.

“A gente acredita que o tópico precisa ser cada vez mais discutido por estudantes e famílias porque, à medida que as pessoas criam consciência, elas entendem que cada um tem sua responsabilidade para a gente desconstruir as estruturas que sustentam o racismo”, comenta Ana Fátima Souza, integrante do Grupo Antirracista da Santi e mãe da Flora, aluna do 9º ano da Santi. “A discussão precisa acontecer porque o racismo não é um problema do outro; o racismo é um problema da sociedade toda”.

Como a Santi desenvolve propostas contra o racismo?

Na Santi, promovemos ações no campo da reflexão (como eventos debatendo o tema), nas disciplinas, em que os professores indicam leituras que discutem e ampliam a reflexão do tema antirracista, e a aproximação com o núcleo de famílias antirracista. É muito relevante e potente trazer esse tema para as crianças, com a certeza de que serão vistas cada vez mais ações e reverberações na escola toda. “A gente fica muito feliz que isso aconteça e se sente muito acolhido pela escola”, completa Ana Fátima.

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