A importância da diversidade no desenvolvimento de crianças e adolescentes

A escola marca um período repleto de descobertas. Nela, as crianças passam a conviver num ambiente diferente de suas casas e têm a oportunidade de construir relações com pessoas com características, costumes e culturas diferentes. Esse contato com a diversidade, estabelecido desde a infância, é importante para o desenvolvimento de uma postura respeitosa, empática, cidadã e ética.

Neste encontro com pessoas diferentes de nós, podemos perceber que há formas diversas de ser e viver e que todas são possíveis. Ampliamos o nosso modo de  olhar o mundo, percebendo a complexidade que nele existe e a beleza que há nisso. Além disso, o que nos parece diferente nos faz refletir sobre quem somos, sobre nossas escolhas e sobre como queremos ser.  “É na diversidade que podemos nos conhecer melhor e também conhecer outras formas de ser e de viver”, relata a Dinah Crespo, coordenadora de série do 3° ao 5° ano. “Passamos a olhar o mundo percebendo sua complexidade, compreendendo melhor onde vivemos, além de podermos pensar melhor que sociedade queremos”.

De acordo com estudos publicados na Scientific American, revista estadunidense de divulgação científica, a convivência com a diversidade cultural, religiosa e racial pode ser um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da nossa inteligência e criatividade. 

Quando temos oportunidades de conviver e criar vínculos com pessoas com formas de pensar diferentes das nossas, estabelecemos relações com novas informações e experiências que colocam questionamentos importantes para a formação do pensamento crítico, para a empatia e para o reconhecimento do nosso papel na sociedade. “Ao poder conhecer outros pontos de vista, criamos uma visão mais abrangente do mundo, menos autocentrada, que capta a complexidade do mundo”, explica a coordenadora. “Se conhecemos apenas uma perspectiva, não é possível ampliar o olhar, pensar criticamente e projetar algo que seja bom de fato para todos e todas”.

É importante destacar que as diferenças culturais envolvem questões históricas e sociais. Muitas vezes, alguns costumes permanecem ao longo do tempo e, por serem “parte” do que vivemos, estarem naturalizados, nem sempre são fáceis de serem percebidos. Por isso, é importante que, na escola,  os alunos se aproximem e conheçam as origens e razões de atitudes e ações hoje naturalizadas,  mas que têm uma origem histórica e razões sociais para que permaneçam até hoje. Coisas que nem sempre foram assim e que nos cabe refletir, como cidadãos, se queremos que continuem a acontecer ou não. 

Na Santi, buscamos estimular que os alunos conheçam, em nossos estudos, os diversos pontos de vista e perspectivas sobre o mesmo fato, a compreensão das questões sociais e históricas envolvidas e a valorização das diferenças. Entendemos que a escola é um espaço plural, em que é essencial cultivar uma convivência saudável e respeitosa com o jeito se ser de cada um. 

Para isso, o nosso projeto curricular é composto por projetos que garantem espaços de reflexão sobre o valor da diversidade, abordando temas como as comunidades indígenas brasileiras, a conquista dos direitos das mulheres, a diversidade cultural africana, a questões raciais presentes no nosso dia a dia e o conhecimento e compreensão de  outras realidades culturais e econômicas. 

Nosso projeto inclui toda a comunidade Santi, que nos acompanha neste percurso, faz parte do cotidiano, dos estudos e faz parte desta mudança que queremos para o mundo. 

Assim, seguimos colocando o nosso propósito em prática: formar pessoas autônomas que transformam a realidade com responsabilidade e respeito à diversidade e à natureza. E, para isso, nada mais importante que conhecer, compreender e valorizar a diversidade, com ações que vão de encontro a isso no cotidiano. Só assim poderemos ter uma sociedade mais justa, saudável e respeitosa para todo mundo. 

 

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